Brasil tem 148 milhões de cédulas de 1 real e apenas R$ 60 milhões de R$ 200
Cédulas de R$ 1 continuam em poder do público e da rede bancária, de acordo com o Banco Central. E não são poucos papéis-moedas por aí. O Brasil tem 148 milhões de verdinhas desse valor, montante quase 4 vezes superior à receita de todo o ano passado do município de Jaraguari (distante 44 quilômetros de Campo Grande).
A quantidade de cédulas e moedas em circulação pode ser consultada no site do BC. Já as informações sobre receitas e despesas da cidade de 7,2 mil pessoas estão no portal da transparência. A arrecadação de Jaraguari durante todo o ano de 2020 foi de apenas R$ 37.821.598,51.
Longe de entrar em extinção, as cédulas com a figura de um beija-flor estão, em grande parte, em posse de colecionadores. Se não fosse isso, matematicamente seria mais fácil se deparar com a cédula de um real do que com a do lobo-guará, de R$ 200. A cada 10 cédulas da ave temos apenas quatro do mamífero. Vale lembrar que as notas de R$ 1 deixaram de ser emitidas em 2005.
Isso se explica também pelo fato de a previsão do Banco Central de emitir 450 milhões de cédulas de R$ 200 até o fim de 2020 ter ficado muito longe de se concretizar, após um evidente erro de cálculo sobre a demanda do papel-moeda.
Já a nota que não é fabricada há 16 anos, para os numismáticos (colecionadores de moedas e medalhas), tem valor muito maior do que o estampado. Mas mesmo no comércio, elas ainda podem ser utilizadas, desde que estejam em bom estado.
Para um leitor desatento, os números podem parecer absurdos. Mas apesar de significativos, eles não chegam nem perto de cédulas e moedas de outros valores em circulação. As moedas metálicas de R$ 1 espalhadas pelo Brasil, por exemplo, somam 3,812 bilhões.
COMENTÁRIOS