“Rota bioceânica é a grande esperança de MS”

“Rota bioceânica é a grande esperança de MS”

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Um traçado passando por quatro países até os portos chilenos de Arica e Iquique, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, é a promessa de transformação de Mato Grosso do Sul em um centro de distribuição de mercadorias.

“A rota bioceânica é a grande esperança do Mato Grosso do Sul de se tornar o maior hub de distribuição logística da América do Sul porque hoje, um dos maiores problemas que se tem na distribuição de produtos, na exportação e importação, são os custos e o translado”, avalia o economista Hudson Garcia, da Agricon Consultoria, em entrevista ao Jornalismo MS.

Para ele, a vantagem de Mato Grosso do Sul – que assumiu uma postura de protagonista na construção do corredor – é a posição geográfica. O Estado faz fronteira com o Paraguai e divisa com São Paulo e Paraná, que são grandes mercados consumidores como São Paulo, e no centro da América do Sul.

Escute a entrevista completa aqui:

“Mato Grosso do Sul estrategicamente está no meio do continente. Se eu fizer um corredor ao contrário, de importação, eu posso distribuir para qualquer lugar do Brasil. E aqui, em Campo Grande, em termos de custo de aluguel, de frete, até de combustível, é bem mais vantajoso que em outras cidades”, acrescenta Garcia. 

O corredor bioceânico irá reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias rumo ao mercado asiático, inclusive à China, que é o maior parceiro comercial brasileiro. “A rota bioceânica traz uma redução de custo muito grande para quem vende para a China. Só de tempo de milhas náuticas, você ganha 17 dias. Isso é muito dinheiro. São 17 dias a menos de aluguel de container dentro de um navio. Isso torna a nossa distribuição muito rápida”.

Mesmo em meio à pandemia, as exportações brasileiras para a China cresceram 6,8% em 2020, sendo a maior fatia da balança comercial tupiniquim, no valor de US$ 67,7 bilhões. Para Mato Grosso do Sul, a importância do comércio chinês é ainda maior. Quase metade dos produtos sul-mato-grossenses têm como destino o gigante asiático (US$ 2,6 bilhões ou 45,4%). 

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